Seu Luis Davi, pedreiro aposentado de 74 anos, pernambugoiano há 55 anos, acumula no terreno onde vive pilhas de sucata: pedaços de telhas de fibrocimento; televisores e rádios quebrados; engradados; baldes; potes; cestos; garrafões de vinho; baleiros; porta-retratos; garrafas térmicas; cédulas antigas; ferramentas; portões.
Quando conheci seu Luis, a falta de uma moradia digna me incomodou bastante. Depois fui percebendo que os montes de sucata e os totens de inutilidades talvez sirvam de proteção... de trincheira para se proteger do mundo, de demarcação da sua singularidade. Conclusivo, ele defende: "é do início do mundo que cada um tem sua cabeça pra fazer o que quer".
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